Se Sobreviver, Case Casal gay e polígamo dizem o que esperar da 3ª temporada

Cinco casais de influenciadores digitais deixaram o conforto da cidade para colocar o amor à prova em situações extremas em meio à natureza na terceira temporada do reality “Se Sobreviver, Case”. O programa estreia nesta segunda-feira (4), às 21h, no Multishow, e os episódios estarão disponíveis para assinantes da Globoplay

 

Nesta temporada, os casais Mário Jr. e Barbara Santiago, Vitoria Schwarzeluhr e José Alemão, Tabatha Paixão e Igor Xavier, Luana Kazaki e Arthur O Urso, e Edson Damazzo e Uill Ferreira toparam o desafio de morar 20 dias em abrigos improvisados por eles e com pouca comida, na Serra da Capivari, no Piauí. Eles não recebem nenhum prêmio do programa, mas no fim do desafio descobrem se estão prontos para se casar.

 

O primeiro desafio dos casais começa quando eles colocam os pés na reserva ecológica e têm que ficar nus. Eles tiram as roupas e sapatos, depositam em uma caixa e pegam itens de sobrevivência, como facão, uma caixa de fósforo com poucos palitos, gravetos, panela, cantil e um mapa do local onde devem montar o acampamento.

 

Dali em diante, os casais terão que usar suas habilidades e os poucos recursos para sobreviver na mata. Eles são divididos em acampamentos distantes um do outro, mas a qualquer momento terão que cumprir a missão de se separar do parceiro para visitar outro abrigo para troca de algum alimento ou objeto. Uma das novidades desta temporada é que um casal será nômade e não terá abrigo fixo.

 

O polígamo Arthur O Urso, 36, levou Luana Kazaki, 26, uma das suas oito mulheres, para compartilhar essa experiência. Ele diz que o casal está sempre em busca de novas experiências que possam somar na relação, mas admite que não estavam prontos para este desafio. “O que nos pegou de surpresa foi a questão de não estar lá para contemplar, mas sim para sobreviver à natureza”, diz Urso, rindo.

 

Luana pensou que seria fácil tirar a roupa porque o naturismo faz parte da vida do casal. Depois que ficaram nus, eles sentiram na pele a dificuldade de ficarem expostos a 40 graus de temperatura durante o dia e ao frio após o pôr do sol. “Pelo menos estávamos a salvo da chuva, certo? Errado. Tomamos bastante chuva. Era uma mistura de sentimentos, responsabilidade, receio e medo do que estaria por vir”, disse Luana.

 

Os participantes também precisavam lidar com a comida fracionada que recebiam e que, muitas vezes, tinha que durar dias. Uill Ferreira conta que diariamente, eles eram surpreendidos por uma caixa que pode ser abastecida com alimentos e itens básicos de sobrevivência ou estar vazia. “Era a nossa motivação do dia. Abrir a caixa e ter algo para comer, ou alguma dinâmica que nos ajudasse a passar o tempo para aguentar ficar naquele ambiente”, relembra Ferreira.

 

Damazzo consegue fazer uma lista dos piores momentos do reality, como a escassez de comida, o frio, ser picado 24 horas por insetos e o desagradável encontro com animais peçonhentos, como cobras e escorpiões. Ele admite que muita coisa o irritava e que a paciência e os cuidados de Uill o ajudaram a ficar até o final do programa. “Por várias vezes eu quis desistir. Eu queria minha cama, comer bem, tomar banho e escovar os dentes”, afirma.

 

MIX DE SENSAÇÕES

 

Damazzo também não gostou da dinâmica do jogo em que precisou se separar de Ferreira no momento que mais precisava do parceiro. Ela diz que virou uma criança de dez anos que dependia de tudo do seu companheiro e passar a noite em outro abrigo, com pessoas que não conhecia, era difícil. “Fora os ciúmes do seu parceiro dormindo sem roupas com outras pessoas nuas, era um mix de sensações,” admite.

 

Luana afirma que o casal não sentiu ciúmes porque vive um amor livre, mas no momento da separação para a dinâmica de troca de abrigo era inevitável cair em prantos. “Nossa preocupação era imensa em saber como o outro estava, muitas coisas passavam na cabeça nesses momentos”, diz Luana.

 

Apesar de todos os perrengues, os casais avaliam que o reality trouxe aprendizados e fortaleceu os relacionamentos, mas nem todos topariam participar novamente da experiência. Damazzo diz que o programa mudou a confiança do casal, que está mais seguro, maduro e consciente. Questionado se participaria novamente do reality, ele diz rindo que somente se valesse um apartamento de prêmio. “Do contrário, não participaríamos não.”

 

Urso diz que sem dúvida nenhuma participaria de um reality parecido com este porque acredita que a experiência que teve tornaria o desafio um pouco mais fácil. Enquanto Luana tem dúvidas. “Ficaria em cima do muro, mas teria que acabar pulando para o sim, não gosto de ficar longe do meu grande amor”, diz Luana, rindo.