Só há uma desculpa para António Costa segurar o ministro polémico. E nós descobrimos qual é

Filho de um empresário do calçado de São João da Madeira, Pedro Nuno de Oliveira Santos, de 45 anos, é o ministro da Infraestruturas e da Habitação do Governo de António Costa, que esta semana achou que podia governar sozinho, sem dar Cavaco a ninguém, e decidiu que, com um simples despacho, resolvia aquilo que Portugal anda a tentar soluconar há cinquenta anos: a localização definitiva do futuro aeroporto de Lisboa.

Pedro Nuno tem uma estatura de respeito, pois mede 1,88 m de altura, é economista e é casado com Ana Catarina Gamboa, que esteve envolvida na famosa bronca socialista “Family Gate”, pois foi nomeada chefe de Gabinete do antigo secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, atual ministro do Ambiente, com a oposição em peso a questionar as virtudes do seu currículo.

Pedro Nuno Santos não se demite e justifica polémica com ‘erro de comunicação’

Mas Pedro Nuno, que agora segundo António Costa cometeu “um erro gravíssimo” mas “teve a humildade de o reconhecer. E ser humano é errar”, e etecetera, e etecetera, também já foi secretário-geral da Juventude Socialista e presidente da Federação de Aveiro da Juventude Socialista, entre 2004 a 2008, vereador na sua cidade natal – São João da Madeira -, depois deputado à Assembleia da República na X e XII Legislatura e secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, entre novembro de 2015 a fevereiro de 2019.

O MEGA FAVOR QUE COSTA LHE DEVE

Em 2015, perante a urgência de conseguir uma maioria parlamentar que permitisse ao PS governar, Pedro Nuno Santos, pela sua proximidade às ideias de esquerda do Bloco de Esquerda (BE) e também do Partido Comunista Português (PCP) foi um dos pais das famosa “Geringonça”, a solução que permitiu a Costa governar sem grandes sobressaltos, com os orçamentos aprovados, e durante quatro anos seguidos.

Costa tem mesmo uma dívida de gratidão para com Pedro Nuno Santos, que foi o verdadeiro pivô dessa solução governativa. Terá sido essa dívida que o segurou na hora do “erro gravíssimo”? Só pode.