Morte de agente da PSP. Ex-fuzileiros condenados a 17 e 20 anos de prisão

Morte de agente da PSP. Ex-fuzileiros condenados a 17 e 20 anos de prisão

© Maria João Gala/Global Imagens

Cláudio Coimbra e Vadym Hrynko, os ex-fuzileiros acusados da morte do agente da PSP Fábio Guerra, foram esta sexta-feira condenados a 20 e 17 anos de prisão, respetivamente, em cúmulo jurídico.

O Tribunal Central Criminal de Lisboa condenou Cláudio Coimbra a uma pena de 20 anos de prisão pelos crimes de homicídio qualificado na forma consumada de Fábio Guerra e por dois crimes de homicídio na forma tentada de João Gonçalves e Cláudio Pereira. Já Vadym Hrynko foi condenado a 17 anos de prisão pelos crimes de homicídio qualificado de Fábio Guerra e um de homicídio na forma tentada de João Gonçalves. ​​​​​

A defesa de Vadym Hrynko já fez saber que vai recorrer da decisão. “Perdemos aqui três vidas. A mais grave foi a do agente Fábio Guerra, que faleceu. É o maior dano de todos, mas não podemos deixar que a emoção destrua a vida de outros dois jovens”, disse o advogado José Teixeira da Mota, em declarações aos jornalistas, à saída do Campus de Justiça, em Lisboa.

Nas alegações finais do julgamento, o Ministério Público (MP) pediu para o ex-fuzileiro Cláudio Coimbra uma pena não inferior a 20 anos de prisão pelo crime de homicídio qualificado de Fábio Guerra, dois crimes de tentativa de homicídio relativamente a Cláudio Pereira e João Gonçalves, e dois crimes de ofensas à integridade física, em relação a Leonel Moreira e Rafael Lemos.

Quanto a Vadym Hrynko, o MP defendeu a condenação por um crime de homicídio qualificado, um crime de homicídio na forma tentada, outro de ofensas à integridade física simples e um crime de ofensas à integridade física qualificada. O procurador pediu também o pagamento de uma indemnização de cerca de 184 mil euros à família do agente da PSP.

Fábio Guerra, 26 anos, morreu a 21 de março de 2022, no Hospital de São José, em Lisboa, devido a “graves lesões cerebrais” sofridas na sequência das agressões de que foi alvo no exterior da discoteca Mome, em Alcântara, quando se encontrava fora de serviço.