Confira como reduzir os riscos de sofrer queda da própria altura

Acidente que pode ser fatal costuma ser mais comum entre idosos e ocorre em casa

O boletim do Instituto Médico Legal (IML) de Sergipe informa no boletim deste sábado (2) o falecimento de Maria Zuliva Santos Lima em Aracaju. A senhora, de 90 anos, foi vítima de uma ocorrência comum e tida como devastadora em idosos – a queda da própria altura, cientificamente conhecida também por sua sigla, QPA.

O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) registra que esse tipo de acidente, embora não seja uma consequência inevitável do envelhecimento, pode sinalizar o início de fragilidade ou indicar doença aguda.

“Os fatores de risco que mais se associam às quedas são: idade avançada (80 anos e mais); sexo feminino; história prévia de quedas; imobilidade; baixa aptidão física; fraqueza muscular de membros inferiores; fraqueza do aperto de mão; equilíbrio diminuído; marcha lenta com passos curtos; dano cognitivo; doença de Parkinson; uso de medicamentos sedativos, hipnóticos, ansiolíticos e uso de vários medicamentos”, diz a entidade médica.

O problema, tido como de saúde pública, merece até uma data de conscientização sobre seus riscos, 24 de julho, Dia Mundial de Prevenção de Quedas em Idosos

O Into lista ainda fatores relacionados ao ambiente que contribuem para favorecer os tombos por vezes fatais, como iluminação e disposição de móveis de forma inadequada; objetos escorregadios pelo chão e paredes de cores escuras, que também reduzem a luminosidade dos cômodos.

Confira orientações gerais para prevenir quedas, divulgadas pelo Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia:

– faça exames oftalmológicos e físicos anualmente, em específico para detectar a existência de problemas cardíacos e de pressão arterial;

– mantenha em sua dieta uma ingestão adequada de Cálcio e vitamina D;

– tome banhos de sol diariamente;

– participe de programas de atividade física que visem o desenvolvimento de agilidade, força, equilíbrio, coordenação e ganho de força do quadríceps e mobilidade do tornozelo;

– elimine de sua casa tudo aquilo que possa provocar escorregões e instale suportes, corrimão e outros acessórios de segurança;

– use sapatos com sola antiderrapante;

– amarre o cadarço do seu calçado;

– substitua os chinelos que estão deformados ou estão muito frouxos;

– use uma calçadeira ou sente-se para colocar seu sapato;

Acidente que pode ser fatal costuma ser mais comum entre idosos e ocorre em casa

Cotidiano | Por Monica Pinto02/07/2022 14h10

O boletim do Instituto Médico Legal (IML) de Sergipe informa no boletim deste sábado (2) o falecimento de Maria Zuliva Santos Lima em Aracaju. A senhora, de 90 anos, foi vítima de uma ocorrência comum e tida como devastadora em idosos – a queda da própria altura, cientificamente conhecida também por sua sigla, QPA.

O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) registra que esse tipo de acidente, embora não seja uma consequência inevitável do envelhecimento, pode sinalizar o início de fragilidade ou indicar doença aguda.

“Os fatores de risco que mais se associam às quedas são: idade avançada (80 anos e mais); sexo feminino; história prévia de quedas; imobilidade; baixa aptidão física; fraqueza muscular de membros inferiores; fraqueza do aperto de mão; equilíbrio diminuído; marcha lenta com passos curtos; dano cognitivo; doença de Parkinson; uso de medicamentos sedativos, hipnóticos, ansiolíticos e uso de vários medicamentos”, diz a entidade médica.

O problema, tido como de saúde pública, merece até uma data de conscientização sobre seus riscos, 24 de julho, Dia Mundial de Prevenção de Quedas em Idosos

O Into lista ainda fatores relacionados ao ambiente que contribuem para favorecer os tombos por vezes fatais, como iluminação e disposição de móveis de forma inadequada; objetos escorregadios pelo chão e paredes de cores escuras, que também reduzem a luminosidade dos cômodos.

Confira orientações gerais para prevenir quedas, divulgadas pelo Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia:

– faça exames oftalmológicos e físicos anualmente, em específico para detectar a existência de problemas cardíacos e de pressão arterial;

– mantenha em sua dieta uma ingestão adequada de Cálcio e vitamina D;

– tome banhos de sol diariamente;

– participe de programas de atividade física que visem o desenvolvimento de agilidade, força, equilíbrio, coordenação e ganho de força do quadríceps e mobilidade do tornozelo;

– elimine de sua casa tudo aquilo que possa provocar escorregões e instale suportes, corrimão e outros acessórios de segurança;

– use sapatos com sola antiderrapante;

– amarre o cadarço do seu calçado;

– substitua os chinelos que estão deformados ou estão muito frouxos;

– use uma calçadeira ou sente-se para colocar seu sapato;

– evite sapatos altos e com sola lisa;

– evite ingestão excessiva de bebidas alcoólicas;

– mantenha uma lista atualizada de todos os medicamentos que está tomando ou que costuma tomar, e as dê para os médicos com quem faz consulta;

– informe-se com o seu médico sobre os efeitos colaterais dos remédios que você está tomando e de seu consumo em excesso;

– certifique-se de que todos os medicamentos estejam claramente rotulados e guardados em um local adequado (que respeite as instruções de armazenamento);

– tome os medicamentos nos horários corretos e da forma que foi receitada pelo médico, na maioria dos casos, acompanhados com um copo d’água;

– nunca ande só de meias;

– fadiga muscular e confusão mental aumentam o risco de quedas;

– mulheres que não conseguem encontrar sapatos esportivos suficientemente largos para o formato do seu pé devem comprar na seção masculina, pois estes sapatos têm fôrmas maiores.

O Into registra que cuidados e adaptações relativamente simples podem diminuir o risco de quedas dentro da própria residência. Seguem as orientações da entidade médica.

Em seu quarto:

– coloque uma lâmpada, um telefone e uma lanterna perto de sua cama;

– durma em uma cama na qual você consiga subir e descer facilmente (cerca de 55 à 65 cm);

– os armários devem ter portas leves e maçanetas grandes para facilitar a abertura, assim como iluminação interna para facilitar a localização dos pertences;

– dentro do seu armário, arrume as roupas em lugares de fácil acesso, de preferência evitando os locais mais altos;

– substitua os lençóis e o acolchoado por produtos feitos por materiais não escorregadios, como por exemplo, algodão e lã;

– instale algum tipo de iluminação ao longo do caminho da sua cama ao banheiro;

– não deixe o chão do seu quarto bagunçado.

Na sala e corredor:

– organize os móveis de maneira que você tenha um caminho livre para passar sem ter que ficar desviando muito;

– mantenha as mesas de centro, descansos de pé e plantas fora da zona de tráfego;

– instale interruptores de luz na entrada das dependências de maneira que você não tenha que andar no escuro até que consiga ligar a luz. Interruptores que brilham no escuro podem servir de auxílio;

– ande somente em corredores, escadas e salas bem iluminadas;

– não acumule ou deixe caixas próximas do caminho da porta ou do corredor;

– deixe sempre o caminho livre de obstáculos;

– mantenha fios de telefone, elétricos e de ampliação fora das áreas de trânsito, mas nunca debaixo de tapetes;

– não deixe extensões cruzarem o caminho; reorganize a distribuição dos móveis;

– coloque nas áreas livres tapetes com as duas faces adesivas ou com a parte de baixo não deslizante;

– não sente em uma cadeira ou sofá muito baixo, porque o grau de dificuldade exigido para se levantar é maior, sendo que estes devem ser confortáveis e com braços;

– conserte imediatamente as áreas em que o carpete está desgastado;

– remova peitoril de porta maior que 1,3 m.

Na cozinha:

– remova os tapetes que promovem escorregões;

– limpe imediatamente qualquer líquido, gordura ou comida que tenham sido derrubados no chão;

– armazene a comida, a louça e demais acessórios culinários em locais de fácil alcance;

– as estantes devem estar bem presas à parede e ao chão para permitir o apoio do idoso quando necessário;

– não suba em cadeiras ou caixas para alcançar os armários que estão no alto;

– no piso, utilize ceras que após a aplicação não deixem seu piso escorregadio;

– a bancada da pia deve ter de 80 a 90 cm do chão para permitir uma posição mais confortável ao se trabalhar.

Na escada:

– não deixe malas, caixas ou qualquer tipo de bagunça nos degraus;

– interruptores de luz devem estar instalados tanto na parte inferior quanto na parte superior da escada. Uma outra opção é instalar detectores de movimento que fornecerão iluminação automaticamente;

– a iluminação deverá permitir a visualização desde o princípio da escada até o seu fim, assim como as áreas de desembarque;

– mantenha uma lanterna guardada em algum lugar próximo em caso de apagão;

– remova os tapetes que estejam no início ou fim da escada;

– carpete fixo na escada: selecione um carpete que tenha uma cor sólida (sem desenhos ou muitas formas) através do qual seja possível visualizar claramente as bordas dos degraus;

– coloque tiras adesivas antiderrapantes em cada borda dos degraus;

– instale corrimãos por toda a extensão da escada e em ambos os lados. Eles devem estar em uma altura de 76 cm acima da escada;

– conserte imediatamente as áreas em que o carpete esteja desgastado (principalmente as bordas dos degraus).

No banheiro:

– coloque um tapete antiderrapante ao lado da banheira ou do box para sua segurança na entrada e saída.;

– instale na parede da banheira ou do box um suporte para sabonete líquido;

– instale barras de apoio nas paredes do seu banheiro;

– duchas móveis são mais adequadas;

– mantenha algum tipo de iluminação durante a noite;

– use dentro da banheira ou no chão do box tiras antiderrapantes;

– substitua as paredes de vidro do box por um material não deslizante;

– ao tomar banho, utilize uma cadeira de plástico firme com cerca de 40 cm, caso não consiga se abaixar até o chão ou se sinta instável.