Brasil. Moro alvo de buscas por suspeita de irregularidades em campanha

Sergio Moro repudiou, na rede social Twitter, aquilo que classificou de uma “tentativa grotesca” não só de o difamar e intimidar, mas também à sua família.

Oex-ministro e ex-juiz brasileiro Sergio Moro, candidato a senador do estado do Paraná pelo União Brasil foi, este sábado, alvo de buscas na sua residência por parte do Tribunal Regional Eleitoral da região. Em causa estariam suspeitas de irregularidades nos materiais de campanha.

A ação foi levada a cabo após um pedido da coligação ‘Brasil da Esperança’, formada pelo Partido dos Trabalhadores, pelo Partido Comunista do Brasil, e pelo Partido Verde, que alegou que os materiais de campanha de Moro violavam a legislação eleitoral, uma vez que o tamanho do nome do ex-juiz estava desproporcional ao tamanho dos nomes dos suplentes, relata a CNN Brasil.

Além das buscas e da apreensão dos panfletos, a juíza auxiliar Melissa de Azevedo Olivas determinou, na quinta-feira, que os materiais deverão ser regularizados, sob pena de uma multa diária de cinco mil reais (cerca de 971 euros), diz o g1.

Gustavo Guedes, advogado de Sergio Moro, assegurou que recorrerá da decisão, considerando que os nomes estão apresentados de acordo com a lei eleitoral.

O responsável apontou ainda que as operações de busca ocorreram na residência do ex-ministro por ser esse o endereço registado na candidatura, acrescentando que “nada foi apreendido”.

Sergio Moro repudiou, na rede social Twitter, aquilo que classificou de uma “tentativa grotesca” não só de o difamar e intimidar, mas também à sua família.

“Hoje, o PT mostrou a ‘democracia’ que pretende instaurar no país, promovendo uma diligência abusiva na minha residência e sensacionalismo na divulgação da matéria. O crime? Imprimir santinhos com letras dos nomes dos suplentes supostamente menores do que o devido. Nada comparável aos mil milhões de reais roubados durante os Governos do PT e do Lula. Não me intimidarão, mas repudio a tentativa grotesca de me difamar e de intimidar a minha família”, escreveu.

Recorde-se que, a 26 de agosto, começou o horário eleitoral gratuito nos sistemas de rádio e televisão do Brasil, prolongando-se até 30 de setembro, para os candidatos que concorrem na primeira volta.

A fase inicial da campanha eleitoral termina a 1 de outubro, véspera da primeira volta das eleições.

Prevista apenas para cargos executivos, ou seja, para as disputas do governo regional dos 27 estados do país e a Presidência da República, a segunda volta das eleições brasileiras será realizada a 30 de outubro, caso nenhum candidato alcance maioria absoluta dos votos válidos na primeira votação.

De notar que Lula da Silva (Partido dos Trabalhadores) lidera as sondagens para as presidenciais com 44%, seguido por Jair Bolsonaro (Partido Social Liberal), com 32%, segundo o Instituto Datafolha.