Situação na linha da frente “não mudou” apesar de “pressão” da Rússia

Chefe de Estado ucraniano lamentou ainda o ataque desta terça-feira em Kherson, que provocou várias vítimas mortais.

Situação na linha da frente "não mudou" apesar de "pressão" da Rússia

Opresidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, revelou, esta terça-feira, que, apesar dos ataques “constantes” e de toda a “pressão” das forças russas, a frente da batalha “não mudou”.

No seu habitual discurso noturno, o chefe de Estado ucraniano acabou por fazer um balanço após uma reunião “extensa e detalhada”, na qual lhe foram apresentados vários relatórios, nomeadamente dos comandantes que estão nos chamados ‘pontos quentes’ do conflito.

“Os relatórios sobre as regiões de Donetsk e Luhansk evocam emoções particulares. Estamos a fazer o possível para deter os ataques inimigos lá – ataques intensos constantes, que a Rússia não pára, embora sofra enormes perdas”, notou.

Também em Bakhmut e Lyman continuam a ocorrer “batalhas ferozes” e, nestas direções, as forças russas estão a usar todo o tipo de armas, “incluindo gás lacrimogéneo”.

“Mas muito importante, apesar de toda a pressão sobre as nossas forças, a linha da frente não mudou. Estou grato por isso a todos os nossos guerreiros, todos os soldados e sargentos, oficiais e generais que defendem as respetivas linhas da frente”, sublinhou.

“Boas notícias” sobre situação energética do país

No mesmo discurso, Zelensky falou ainda sobre um relatório apresentado pelo primeiro-ministro da Ucrânia, Denys Shmyhal, sobre a situação no setor energético e o processo de restauração do sistema de energia do país, após os ataques russos.

“Gostaria de salientar que temos boas notícias, bons resultados, e esta é a conquista de todos os nossos engenheiros de energia, reparadores, autoridades centrais e locais que têm desempenhado as tarefas relevantes. Atendemos às necessidades energéticas das pessoas e empresas na maior parte da Ucrânia”, disse.

O presidente da Ucrânia abordou ainda o ataque desta terça-feira em Kherson, que fez várias vítimas mortais, e expressou os seus “sentimentos a todos aqueles que perderam seus entes queridos”. Sublinhe-se que o ataque ocorreu quando o presidente da Rússia, Vladimir Putin, discursava ao país.

“Este bombardeamento russo não teve e não poderia ter nenhum propósito militar. Bem como milhares de ataques russos semelhantes, que são uma mensagem real da Rússia para o mundo”, destacou.

“Estou confiante de que colocaremos o estado terrorista no seu lugar. Todos juntos: os ucranianos e o mundo. O nosso exército, a nossa inteligência, o nosso serviço de segurança e outras forças ucranianas encontrarão e destruirão aqueles que estão a realizar esses ataques brutais em Kherson, nas nossas outras cidades e regiões”, rematou.